Chorei, chorei feita menina ao ver este filme. E, apesar disso, aconselho-o a todos os que o quiserem ver, na certeza de que, por mais endurecido que a vida tenha tornado o coração de alguém, algo dentro de cada um irá ser transtornado, revolvido. Chorei no refúgio do meu quarto, e não pude evitar as lembranças daquele armário pequeno, ao pé dos elevadores, que tantas vezes acolhia as lágrimas de todos os que trabalhavam no piso 8 daquele hospital.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
My Sister's Keeper
Chorei, chorei feita menina ao ver este filme. E, apesar disso, aconselho-o a todos os que o quiserem ver, na certeza de que, por mais endurecido que a vida tenha tornado o coração de alguém, algo dentro de cada um irá ser transtornado, revolvido. Chorei no refúgio do meu quarto, e não pude evitar as lembranças daquele armário pequeno, ao pé dos elevadores, que tantas vezes acolhia as lágrimas de todos os que trabalhavam no piso 8 daquele hospital.
Antecipar.
É esperar uma mensagem que nem sabemos se chegará, é olhar para as horas em que aguarda um momento especial, imaginar mil e umas coisas próximas e longínquas da realidade.
É vestir a roupa, calçar os sapatos, tão cuidadosamente pensados durante a semana, é colocar a maquilhagem e o perfume, é vestir o casaco e sair ao encontro de alguém.
Não devemos sofrer por antecipação, mas devemos ser expectantes para as coisas boas. É bom sentirmo-nos como crianças que sabem que vão ter um presentes. Daqueles que encabeçam a lista de pedidos ao Pai Natal.
Não reparar.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Do que termina e do que começa

2009 começou tristonho, vazio, cheio de lágrimas, empurrado por um ano velhinho que foi mau comigo. Agora sei que essas tristezas foram vazias, sem sentido, de uma estupidez tal que em Fevereiro cortava o mau de 2008 pela raiz. Aliás, este processo foi tão renegerador que me permitiu aprender imenso sobre mim própria, aprender sobre a forma como me quero relacionar com aqueles que estão à minha volta, e pensar que afinal eu também mereço alguns momentos de pura felicidade. E em Março, eu mudei e o ano 2009 afigurou-se um bom ano. Não esplêndido, bom.
Em 2009 tive direito a muito trabalho, muitos aborrecimentos, muitas horas de sono perdidas, muitas surpresas desagradáveis, mas também a muitos mimos, muitas festas, muitos jantares e algumas surpresas agradáveis. Além disso, (re)descobri pessoas fantásticas, que hoje são uma parte inequívoca da minha vida e tentei, tantas vezes em vão, manter aquelas que já o eram. Em 2009 vivi um Inverno em que me senti crescer e um Verão que aproveitei o máximo que pude e que a vida me permitiu. Em 2009, percebi que gosto muito daquilo que faço enquanto profissão e fui confrontada com a realidade que em 2010 serei definitivamente adulta. E faltam quatro dias para este ano terminar, numa passagem de ano longe de casa, com alguns amigos no coração.
Mas, porque gosto de me organizar, numa desorganização que é minha, as minhas resoluções para o ano 2010, em jeito de comprometimento, são (e não necessariamente por ordem de prioridade):
1. Estudar mais um bocadinho para acabar o curso com uma média decente – dar uma alegria aos papás de quando em quando!
2. Arranjar emprego (de certo modo) rapidamente após terminar o curso.
3. Terminar de tirar a carta de condução – o Luís vai-me melgar até o fazer, portanto mais vale fazê-lo.
4. Inscrever-me num ginásio e começar a praticar exercício físico, pelo menos, duas vezes por semanas.
5. Encontrar tempo para estar com os amigos, todos eles, e dizer-lhes o quanto gosto deles.
6. Encontrar um adulto responsável com quem possa viver um dia-a-dia menos responsável por mais de três meses (e apaixonar-me por ele e ele por mim).
7. Parar de fazer compras inúteis e que não me servem para nada.
8. Fazer, pelo menos, uma grande viagem este ano na companhia dos amigos.
9. Aproveitar todos os meus últimos momentos – sem mais explicações!
10. Encontrar mais tempo e fabricar mais momentos para passar com os meus pais, dizendo-lhes mais vezes que gosto deles.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Do que une
A pulseira cor-de-rosa
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Natal
Vozes da Rádio - Peúgas e Pijama
Hoje em dia, muitos dizem que não gostam do Natal. Que o que resta do Natal é o consumismo, o dinheiro e as prendas, e a hipocrisia de visitar a família que ignoramos durante o resto do ano. E eu respondo que não, não é nada disso. O Natal é aquilo que cada um faz dele.
O meu é maravilhoso. Familiar, sem frivolidades, cheio de amor. Na casa dos avós, com a lareia acesa e um pequeno pinheiro que brilha ao canto. Com uma mesa cheia de comida, a ajudar a avó, a mãe e a tia a preparar as travessas e a provar as sobremesas, uma a uma. Com a guitarra do tio Quim e umas canções. Ou uns quantos jogos. Com muita conversa e risos à mistura. E depois chega a meia-noite, com o Pai Natal de serviço do ano. A alegria da única criança, e a felicidade pela troca de presentes por mais modestos que possam ser. O dizer a alguém gosto muito de ti.
É assim o Natal desde que me lembro, em família. E não poderia imaginar nada melhor. Feliz Natal.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Por um brilho de um olhar
domingo, 22 de novembro de 2009
Uma saudade pequenina.
Bem sei que o que passou, passou e o tempo não se vai compadecer de corações com saudades e recordações felizes. Aqueles instantes não se vão repetir, nem que voltemos os seis à mesma cidade, visitemos os mesmos locais, façamos tudo aquilo que fizemos. Nada será igual, bem sei.
Mas não será por isso que deixarei de sentir a falta do que senti naqueles momentos. Recordações de alegria, de loucuras, de juventude, de ser-se como se é, do mais puro à tona.
E é disso que sinto saudades.
sábado, 14 de novembro de 2009
I cant have it all...
One hand or the other, the butter or the bread knife?
Do you choose winter, spring, summer, or fall?
Se pudéssemos aguentar a exaustividade de contar, certamente que escolher é a coisa que mais fazemos durante toda a nossa vida. Aliás, acredito que a única coisa que não escolhemos é nascer. E a nossa vida é o resultado daquilo que escolhemos, uns escravos das escolhas, outros pensando que são livres para escolher. Tudo é moldado pelas nossas escolhas, escolhas de hoje geram as consequências de amanhã.
Mas como escolher entre duas coisas insubstituíveis? Como priorizar, como saber o que é melhor, como saber se vale o risco?
Bem sei, e bem me dizem, que a resposta é a coragem. Ela é algo que nos faz tomar as melhores escolhas. Basta tentar. A liberdade deixa-nos escolher o que fazemos, mas não nos deixa livres para escolher as consequências de nossas acções. Para isso resta-nos a coragem.
Tudo na vida são escolhas. E a mim falta-me coragem.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Às 0h07
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Como se diz quero-te?
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Calar.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Do que enche a alma
Há meia noite ao luar
Vai pelas ruas a cantar o boémio e sonhador.
Era noite de serenata. E capas negras escutavam em silêncio. A solidão parecia ter invadido todas as ruas da cidade e, tenho a certeza, que a terra inteira tinha parado para ouvir a voz dos estudantes.
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra,
A forma de um coração,
Ai!... A forma de uma guitarra.
O fado soou e as guitarras elevaram-se nos corações de quem as pode sentir. Do mar de negro, alguns rostos com nome, a minha gente. E a saudade, essa que fez das tripas coração para se conter num soluço.
Capa negra de saudade
No momento da partida.
Segredos desta cidade
Levo-os comigo p'ra vida.
E levo em mim guardado o choro que uma balada de saudade me oferece. E levo-o comigo, da forma que só eu o posso levar, ainda que comigo outros carreguem também o seu choro. E levo comigo uma capa velhinha, da cor da noite escura, onde carrego todas as minhas pessoas, todas as minhas alegrias, todas as minhas lágrimas, tudo o que vivi e alguma vez valeu a pena.
As nossas capas rotas, velhinhas
Todas de negro, enchem o ar.
São como andorinhas
Que se preparam para emigrar.
E rasgam-se capas, e dá-se o que me mais valor se carrega nesta vida. Partilha-se o que nos apara as lágrimas da despedida, de já saudade. Rasgam-se capas mas cosem-se corações e vidas com linhas ad eternum. Carregam-se desejos e pesares. Com a certeza de que nunca saberei dizer adeus.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Podia ter sido assim.
- Deixa, eu não vou a lado nenhum. Sei que é um momento difícil, estás triste.
- Oh não se passa nada, eu estou bem. Sou óptima a resolver problemas.
- Pára! Pára de te fazeres forte. Estás a falar comigo, conheço-te. Sei que, por detrás dessa carapaça, estás triste e zangada. Deixa-me cuidar de ti.
...
Ela continuava a movimentar-se, agitada, entre lágrimas mas como se nada tivesse acontecido. Ele aproximou-se e ficou. Ela tentou esquivar-se da sua presença. Ele agarrou-lhe no braço. E ela ficou, apertando o seu corpo contra o dele. Ficaram assim durante tanto tempo que nem sabem quanto. Quando ela finalmente se acalmou, sentaram-se e conversaram a noite inteira. Ela abriu o seu coração, falou e chorou como nunca antes o havia feito. E, a partir dali, a cumplicidade foi sempre mais forte que as palavras.
...
Podia ter sido assim.
Esta semana que passou.
domingo, 13 de setembro de 2009
Da varanda da minha casa
É noite e nada mais se passará até ao amanhecer, quando voltará ao burburinho das rotinas, aos risos e gritos das crianças e perceberei que começou mais um dia. Igual a tantos outros.
Penso, inevitavelmente. E dentro da minha cabeça um turbilhão, uma disputa enorme. Penso, é sempre assim. E sinto borboletas na barriga quando me lembro de todos os gestos de carinho. E qualquer coisa estremece quando oiço aquela voz. E lembro-me então que desenho um sorriso no rosto quando sei dele. Penso. Deixo-me respirar fundo novamente. Um carro passa na rua, estranhamente. É altura de regressar ao conforto do meu quarto, apesar de me sentir ainda mais confortável ali, na companhia dos meus pensamentos.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Um dia que deviam ser dias.
Hoje eu queria um dia que deviam ser dias.
1. Do outro lado de lá: Da chuva
Os pingos caíam rapidamente e com a força de tempestade, dando lugar a mais e novos. A chuva descia, descia. E as almas começaram a refrescar-se. A chuva criou novas histórias e deu alento às velhas. A chuva renovou expectativas e modificou situações. A chuva foi festa, deixou rasto de alegria. A chuva gerou um suspiro de satisfação e deleite. A chuva foi um mimo para a alma, um sensorial quase palpável. A chuva fez chover recordações.
domingo, 6 de setembro de 2009
Daquilo.
sábado, 5 de setembro de 2009
A canção.
Uma semana depois.
[seguir-se-ão vários post's acerca de dias a não esquecer]
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Pessoas
Depois existem as outras. Aquelas que conhecemos e, no momento que se segue, nos aquecem a alma como um vulcão. Que, de imediato, trazem tudo. E é como se sempre estivessem estado lá.
Até que o rio nos separe.
[nem pela metade e já me prendeu]
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Tartamudez
Não porque o discurso fosse escasso. Com facilidade escreveria com facilidade acerca da felicidade que sinto ao manter comigo todos aqueles que valorizo. Ou então da alegria que tenho por nunca ter tido uma perda realmente significativa. Mais, poderia falar de como o coração se desfaz em mil pedaços quando as nossas palavras doces e os nossos abraços de consolo não aliviam a dor que um amigo sente.
E eu escrevi. Sobre isto e mais ainda, que agora a memória não me ajuda a recordar. Mas apaguei, calando os pensamentos. Porque, simplesmente, nas palavras não cabia a realidade do que sinto face a isto. E, por isso, hoje retomei o assunto, não para falar dele, apenas com uma certeza.
Eu não sei lidar com isto.
Do ser(mos)
Critérios, não houve. Não há. Não são tidos em conta a cor da pele, o peso ou a altura. Desengane-se quem acredita que interessam somente os bons. Ou apenas os de maus hábitos. Não se aceitam respostas e certezas e as previsões ainda não são bem-vindas. As alegrias de nada valem, se não caminharem com as tristezas. A seriedade é enfadonha, e a estupidez desprezível. Desconhecem-se as virtudes, desprezam-se os defeitos.
Convençam-se aqueles que consideram que, ainda assim, não foram escolhidos criteriosamente estas pessoas. Escolheu-se o brilho contestador do olhar e a matiz inquietante da retórica. Valorizaram-se aqueles que fazem oscilar, a si e a cada um, entre o louco e o santo. Que não dão respostas e dilatam as dúvidas. Que mostram a cara, a medo, mas confirmam a transparência da alma nos gestos. Que não dispensam colo e ombro, sem antes oferecer uma gargalhada. Que são metade loucura, metade seriedade. Que já abandonaram a inocência das crianças, mas ainda não têm a sisudez de um adulto. Perduraram aqueles que querem ser e percebem que a normalidade é apenas uma cegueira pateta e estéril.
domingo, 9 de agosto de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
A noite
Obrigada pelo momento.
muach*
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Alma, por Louis Vuitton

Qualquer dia, fico sem amigos.
Para alguns isso não basta. Eles gostam daquela preocupação constante, como se o mundo parasse, se naquele dia eu não der notícias nem quiser saber a rotina deles. Isso eu não dou, e nem é por mal, é por personalidade. Gosto de pessoas que, mesmo depois de um período sem contacto, são as mesmas e nos tratamos como se nunca o tempo tivesse passado. Gosto de estar com as pessoas e não de as conhecer através de um qualquer aparelho electrónico. Não levo a mal se aquela amiga não não me liga quando faço um dói-dói no dedinho, e espero que ela faça o mesmo. Mas gosto que me digam quando sou 'má amiga' e não suporto falhas de carácter.
Ser minha amiga é fácil, ter uma amiga como eu não sei. Resta-me pensar que, se são meus amigos, aceitam-me como sou. Assim a roçar para o insensível.
No matter what I say
It hurts like hell have to lie to set you free.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Did you say it?
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Já não é mais.

Perdi-me, não sei se por causa dele ou por mim. A culpa é dele, mas também pode ser minha. Pelo meio,cantaram-se músicas, escreveram-se poemas, estreitaram-se laços, ofereceram-se beijos e distribuíram-se abraços.
Perdi-me e não me encontro. Pelo menos, não encontro mais a pessoa que era. Prefiro continuar a perder-me assim do que encontrar-me exactamente igual ao que era antes.
Afinal, sou mais feliz assim... Acho que foi em Maio!
Pretensão
Quando se partilha uma cama, já se está a partilhar tudo o que é possível partilhar. E as verdadeiras camas são os corpos que abraçámos.
Camas em quartos de hotel. Pensões de qualidade duvidosa. Residenciais. Camas de areia na praia. Camas no chã, no sofá, no tapete. E um coração, seguro entre duas mãos, para que não andasse à toa. Passou no café do costume, mas não entrou.
- Engana-se quem diz que ama com todo o seu coração.
- Queres um cigarro?
- Não quero que te apaixones por mim.
- És a pessoa mais pretensiosa que conheço.
Isto é que era doce!
domingo, 28 de junho de 2009
Leões
Estive lá há dias. Eu, ele e ele. Nós. Fomos lá, em prole daquele orgulho desmesurado que sentímos quando vestimos aquele traje negro e aprendemos a salvar o mundo do seu destino por quinze minutos que seja. E na Fonte dos Leões, por tudo aquilo que representa, tudo aquilo que já observou e pelos segredos que vai sempre guardar, deixámos a alma de molho. E ganhámos um novo folêgo, para continuar em frente.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
325 dias.
Vives sendo bipolar para os outros, fazendo todo o sentido para ti. Vives duas vidas paralelas que num ponto se entrecruzam, deixando-se de se distinguirem aos teus olhos. Sentes-te a crescer exponencialmente, bebendo das palavras de quem sabe o que diz. Vives tu, apenas tu, não necessitas de máscaras, e sabes que naquele lugar podes ser como quiseres. Unes-te a uma dor pequenina, mas aprendes que a dor traz consigo o doce sabor da conquista. Ensinam-te que deves ser forte mas apercebeste que todos podem chorar. Passas a acreditar que chorar não é uma fraqueza, porque ao teu lado, mesmo que as mesmas lágrimas lhe escorram pela face saudosa, estará sempre alguém que enxugue as tuas. Conheces gente, dás-te a essa gente que antes não querias contigo. Vives, vives, vives. Vives a mil. Vives tudo aquilo que consegues agarrar. E esforçaste para agarrar com ambas as mãos, não vá ela teimar em fugir. Sentes-te gente. Sentes os outros como gente.
E no final? E quando passarem os meus 325 dias? O que serei eu? Desaprendi a viver como antigamente. Já me parece tão longe aqueles dias sem rumo. O que serei? Serei apenas memória? Serei recordação? Serei mais um na tradição? Nada, serei nada para aqueles que ainda ficarão neste mundo que agora é tanto meu. Restam-me os meus 325 dias para viver o mais que puder, mas também para aprender a ser nada. Apesar deste ser um nada cheio de tudo.
Boas notícias!
Os pesquisadores entrevistaram 320 mulheres entre os 35 e os 69 anos que tinham sofrido um ataque cardíaco e compararam-nas com 1565 mulheres saudáveis da mesma idade. Além de questionadas sobre o consumo de álcool, ainda respondiam sobre o uso de tabaco, alimentação e actividade físico. Resultado: as mulheres que bebiam uma vez por dia tinham 31% menos hipóteses de vir a desenvolver uma doença cardiovascular e o risco aumentava em 30% para aquelas que consumiam ocasionalmente. Além disso, as mulheres que bebem álcool duas a três vezes por semana são mais divertidas do que aquelas que não consomem nada.
Nos homens, estudos mostram que o consumo regular e diário de álcool aumenta o risco de problemas cardíacos severos.
Por isso, já sabem meninos: nos jantares, quem enche o copo somos nós! :D
Agora.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
De quem não se dá por satisfeito.
quase nem sequer te dói.
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói.
é uma dor pequenina
quase como se não fosse.
é como uma tangerina,
tem um sumo agridoce.
de onde vem essa dor,
se a causa não se vê.
se não é por desamor,
então é uma dor de quê?
não exponhas essa dor
é preciosa, é só tua
não a mostres, tem pudor
é o lado oculto da lua.
não é vício nem costume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração.
talvez seja a dor de ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além.
certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates, guarda-a bem
guardada no fundo do peito!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Frase da semana (i)
domingo, 7 de junho de 2009
Distraída.
Mas só ao centésimo post reparei que posso colocar etiquetas nos textos que escrevo.
Tu.
Invejo-te porque consegues deixar a tua marca.
Invejo-te porque, por mais que tentem e te forcem, nunca te conseguem vergar.
Invejo-te porque és único na tua maneira de ser e estar.
És a luz que me impele para os meus momentos de loucura, tão saborosos.
Sei que sem ti não seria o que sou agora.
Foi contigo que venci o meu mundo, que me extrapolei.
Obrigada por estares agora presente, por te dares a conhecer.
Sabes agora que sem ti não conseguiria, apesar de muitas vezes duvidar de ti.
Mas agora não, sei que tinhas razão.
Agora acredito em destino.
Agora acredito que é possível nadar até à lua ou subir até à maré.
Agora acredito que haverá certamente um fim.
Aprendi contigo a ultrapassar os meus limites.
Aprendi contigo a pensar mais longe. Ou a não pensar.
Aprendi contigo a abrir a mente.
Aprendi contigo que o melhor da vida é sermos livres.
Aprendi contigo que temos de ser melhores pessoas depois dos outros passarem por nós.
Aprendi contigo que nada é nosso e que tudo nos pertence.
Aprendi contigo a ser um bocadinho diferente dos outros.
Aprendi contigo que continuo a ser vulgar mas que sou especial entre os especiais.
Espero que no fim eu te encontre. E claro, espero uma noite de loucura, de perdemos as estribeiras, de nos deixarmos ir, de sermos só nós e todos os outros. Será a melhor da minha vida.
Tenho todos que preciso.
Perguntam-me se estou apaixonada por alguém, por ter mudado. Por estar mais solta, mais feliz. O que devo responder? É claro que estou. Afinal, a minha vida é feita de paixão, de momentos e pequenas recordações felizes. Estou apaixonada por um corpo, por uma alma, por um sorriso, por um olhar, por uma voz, por uma maneira de ser e estar. Tão perfeitos e tão cheios de sentido que me parecem irreais, tão diferentes do que sou.
Alguém está insatisfeito? Alguém se sente magoado ou ofendido? Alguém se sente enganado? Eu sinto-me incomodada. Com mesquinhices, com comentários maldosos, com insultos, com tentativas de manipulação. Nós somos nós e depois, depois de nós ninguém tem nada a ver com isso. Afastem-se, se não gostam do que vêem. Tenho todos aqueles que preciso!
Ontem.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Compromisso.
A vida é o nosso compromisso maior.
Quando tiver de falar.
Nesse dia, poderei falar-lhe da primeira vez que o vi. Não esqueci o momento. Ou da segunda. Ou da terceira. Mas nenhuma foi definitiva, porque talvez à milionésima vez que olhei para ele vi uma pessoa diferente, que me surpreendeu. Nesse dia, poderei falar-lhe da primeira vez que conversámos sem pedras na mão, prontas para atirar um ao outro, e percebemos o quanto éramos parecidos. Fiquei surpresa pelo tanto que tínhamos em comum: pensávamos o mesmo, éramos da mesma forma e, ao mesmo tempo, tão diferentes. Nesse dia, poderei falar-lhe do momento em que me apercebi que algo tinha mudado, o quanto ele me fazia bem, o quanto ele me divertia. O quanto ele tinha mudado a minha vida. Nesse dia, poderei falar da sua paixão pela vida e pelas coisas, e o quanto a sua entrega me atrai nele. Nesse dia, poderei falar da sua teimosia e coragem, e do quanto isso é bom para mim.
Um dia, eu dir-lhe-ei isto tudo. Olho no olho.
Antes e Depois. Dele.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Ela.
Obrigada por tudo, querida madrinha. Sem ti tudo faz menos sentido.
Queima das Fitas 2007+1 / 2009
De uma queima única onde senti especialmente a nostalgia da saudade e o entusiasmo do início. De uma queima eufórica onde nos senti a todos como um. De uma queima especial onde o sentimento de confortável voltou a ser compatível com o traje em Maio. De uma queima inesquecível partilhada com gente que não pensaria tão próximas nesta fase do meu percurso académico.
domingo, 3 de maio de 2009
Serenata.
O meu desejo é dar-te um beijo
É ter desejo de te beijar
Perdidamente, como quem sente
Que o teu sorriso vai acabar
domingo, 26 de abril de 2009
Não me digas....
Será que eu estou magoada com alguma coisa? Será que eu algum dia vou acertar? São estes os pensamentos que chegam. Fogo, tu não me digas que... Será que não posso culpar outra coisa? Será que não existe nenhum remédio que faça dormir sossegada todas as noites que restam da minha vida? Ai que porcaria, tu não me digas que... Será que já estive assim antes? Porque não consigo pensar noutra coisa? Porra, tu não me digas que eu estou a apaixonar-me?
Quero lá saber!
Mas que importa isso se eu estou feliz?
When did that happen?
As minhas primeiras impressões não funcionam. Muitas foram as pessoas com quem embirrei à primeira vista e que agora são minhas amigas. Não acredito em primeiras impressões por esse mesmo motivo - comigo elas enganam, iludem. Mas foi preciso algum tempo e muita reflexão para chegar a esta conclusão, que veio ontem, no meio de uma cerveja e uma serenata e que me atingiu como um bang perfeitamente audível.
Por isso este é daqueles post's de arrependimento. Não devia ter-te chamado tantos nomes como fiz. Não devia ter achado que eras um idiota arrogante e presunçoso. Não devia ter-te voltado as costas tantas vezes quando estavas a falar. Não devia ter perdido a oportunidade de aprender alguma coisa contigo. E não devíamos ter feito o que fizemos ontem.
Pessoa melhor.
Mas eu tento. Eu tento quando as pessoas do metro me empurram, quando o condutor da frente vai a 20km/h, quando me fazem esperar uma manhã inteira por alguém que não vem, eu tento quando tenho de me repetir cinco vezes para um velhote surdo lá do centro de saúde. Eu tento.
Mas perco facilmente a paciência. Breath in, breath out. As coisas más existem para darmos valor às boas. Breath. As pessoas são boas e viver é bom. Pará de te queixar. E de criticar. E de praguejar. E de dizer tantos palavrões.
Oh que se f***. Não seria a mesma se me transformasse na Madre Teresa ou na Princessa Diana. Também não sou nenhuma megera. Por isso, que se f***.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
O Senhor Certo.
A vontade do princípe encantado é tão avassaladora que nos leva a construir uma ideia - por vezes, meramente isso - daquilo que julgamos ser a nossa alma gémea materializando-a num corpo que encaixe disfarce tudo aquilo que não queremos e onde seja possível imaginar aquilo que desejamos. Pensamos no que ele gosta, não gosta, diz, pensa, quer da vida. E nós vemos tudo aquilo que queremos ver nele. E andamos felizes assim até à primeira escorregadela do Senhor Certo. Nesta altura fechamos os outros e tapamos bem os ouvidos. I don't care, gritamos ao mundo. É a ilusão maravilhosa de que o Senhor Certo existe e, felizardas que somos, gosta de nós e está ao nosso lado.
Mas há a segunda metida da pata na poça. A terceira, a quarta e a quinta... e o homem transforma-se numa nódoa negra. É quando percebemos que o Senhor Certo de Antes já não é o Senhor Certo de Agora, e muito menos será o Senhor Certo de Amanhã. Houston, we have a problem. Duas soluções para o caso: ou sofremos de um esquizofrenismo momentâneo e repentino e mudamos hoje o que queríamos ontem, ou então o Senhor Certo passou das marcas e transformou-se, definitivamente, no Senhor Completamente Errado.
É então que voltamos à realidade. Como é que ele nos conseguiu enganar tão bem? Minhas queridas, ele não nos enganou. Nós é que quisemos cair nesse doce engano, criado por nós. Mas, por mais que custe admitir, ainda bem que assim é porque nunca é uma perda de tempo perseguir um sonho, um desejo e viver intensamente as coisas. Vale sempre a pena sentir o coração aos pulos só por saber que ele irá chegar, as mãos a tremer, a voz a falhar e as palavras a sairem engasgadas. Por isso, no matter what. Estar apaixonado por alguém vale sempre a pena. É que o Senhor Certo só existe num limite temporal. O agora.
Levo-vos comigo para a vida.
Mas esta semana tive saudades vossas, e muito por culpa minha. Sei que me sobrecarreguei de obrigações e tarefas por uma coisa que a nada vos diz respeito e que até podem não compreender. Sei que a culpa de não poder estar convosco é minha. Mas sinto saudades vossas, talvez como nunca senti. Por isso, deixo aqui o pedido de desculpas merecido e imploro para que arranjem um tempinho para mim dentro da minha agenda a abarrotar de coisinhas sem importância - mas para as quais contam comigo - para estarmos juntos. Outra vez.
Aos amigos. Porque é a vossa presença que me faz ser quem sou. Porque são as vossas palavras que me dão conforto para continuar. Porque são vocês que me fazem ter a certeza que posso avançar, às vezes de forma pouco irreflectida, porque vou ter sempre comigo alguém que me apoiará por maior que seja a asneira que faça. Porque são vocês que me fazem ponderar esses tais actos irreflectidos. Porque é convosco que sinto o carinho, a cumplicidade e a ternura que só uma amizade pode oferecer. Porque é convosco que quero continuar a partilhar momentos. E porque este blog fala dos amores que trago no coração, e esse amor também vos pertence.
[aos outros amigos que fui arrecadando na vida e que não são referidos acima, apesar do papel importantíssimo que têm na minha vida e da certeza que gosto de vocês daqui até à lua, peço a compreensão. Não se esqueçam que a tradição diz que não há amor(es) como o(s) primeiro(s)]
domingo, 29 de março de 2009
Uma vez só.
Eu quero fumo, beijos, outra vez com ele. E talvez saber o seu nome. Porque a vida é isso, uma vez só.
domingo, 22 de março de 2009
Faz.
Faz tudo isto hoje. Quer-me hoje, agora. Não me queiras amanhã. Porque amanhã o tempo pode já não ser nosso.
Passam-se horas.
Contudo, sei que não correrias atrás de mim se algum dia decidisse voltar-te as costas. Sei também que me arrependeria se fosse embora agora. Sei de tudo o que perderia se forçasse a tua saída da minha vida. Sei que não voltaria a ver os teus olhos cor de avelã nem sentiria a mais sincera gargalhada da tua boa disposição. Mas, porventura, também não sei porque continuo a amar-te se não me amas.
Da cidade do meu coração.
sábado, 14 de março de 2009
Hoje.
Obrigada. Não te vou desiludir.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Eu, fumadora, me confesso.
O cigarro também é companhia. Sobretudo para quem está sozinho. É um amigo fiel, é um momento de abstracção que torna tudo tolerável. Mas, principalmente, fumar serve para pensar. Quando me perco num argumento, pego num cigarro e penso. Não me levanto, não me agito, não abro a boca, não me distraio. Fumo e procuro com paciência a asneira. O cigarro concentra e acalma. Restabelece, por assim dizer, a normalidade.
Por detrás de um cigarro, o mundo parece mais seguro. Mesmo se andam por aí a garantir que não.
domingo, 1 de março de 2009
Não deixe de fumar.
Não, não é uma ironia. Nem sequer uma piada maldosa. Não é tampouco uma manifestação de repúdio aos fumadores ou um incentivo a retirar anos de vida. Até porque esses argumentos fazem parte do discurso daqueles melgas que querem que os outros parem de fumar - o que não é o meu caso. E, novamente, não é uma ironia.
Nesta guerra do tabaco, o que ressalta dos dois lados é um tom de imperativismo: de um lado, os chatos que pregam o clássico "deixe de fumar" e do outro os donos das empresas tabágicas que apregoam o tambén seu "fumar é legal". E eu, como qualquer vulgo humano, também sou acometida por ímpetos totalitaristas mas que não costumam passar de cepa torta. Pode não parecer, mas eu sou mais ou menos boa pessoa.
E, apesar de soar como uma ordem, o título não-ironico deste texto deverá ser entendido mais como um conselho amigável do que como um terceiro imperativo. No entanto, no meu totalitarismo, este post deve ser entendido como um belo e sonoro "fodam-se". Os chatos, claro. Porque me incomoda essa preocupação excessiva dos outros com a saúde alheia: se fumo, se bebo, se uso drogas, se passo o dia sentada, se como porcarias ou se leio livros de auto-ajuda. Isso é problema meu!
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Uma multidão à minha volta.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Aos amigos.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Isto há dias...
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Deparei-me com...
E ver ao longe o mar
E a ponte sobre o Tejo
Se é tão bonito
É por causa de ti
E deste meu desejo
Afinal vale a pena
Pensar em mais ninguém!
Só gosto de ti
Porquê?! Não sei
Mas estou bem assim
E tu também! (2x)
A arte de não se apaixonar
Ainda me encontro da outra margem do rio, na insensatez da minha certa escolha errada.
Erros de vez em quando
Inevitalmente os maiores erros são aqueles que nos ferem ou que ferem as pessoas ao nosso redor. Magoamos quem amamos e falta-nos a coragem para pedir desculpa. E como qualquer ferida que não recebe tratamento atempado, piora, agrava-se, as conversas tornam-se circunstanciais e a relação arrasta-se, de forma lamacenta, sem novidade alguma. O tempo passa e continua o mesmo estádio de impavidez. Covardia de ambas as partes. Um erro quase sem conserto.
Vicky Cristina Barcelona
Um filme para mim introspectivo, confuso, díficil de digerir, pelo meu prisma pessoal. Fica para a posteridade que os amores mais românticos são os impossíveis e a certeza que um amor não correspondido é sempre mais satisfatório que um meio amor.
Aconselho o filme. Mesmo. Porque não me saiu da cabeça desde sexta-feira.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Grey's (III) 5x11
Estou decididamente apaixonada pela Anatomia de Grey, e o Mark Sloan é definitivamente o meu personagem favorito. Izzie Stevens, estás oficialmente destronada. ;p
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Hoje
Obama
«Sei que vou-te amar, por toda a minha vida»
Uma história como a que os meus avós contaram, sábado, dia 24 de Janeiro de 2009. Uma história de amor duradouro e que se fortaleceu ao longo de meia década. Um amor especial, que me acompanha ao longo da vida e que fará para sempre parte da história dela. Um exemplo que admiro e que me enche de orgulho.
Os meus avós completaram sábado cinquenta anos de casamento, uma união firme apesar dos contratempos e das dificuldades. Entre eles, percebe-se que existe amor, amizade, respeito e compreensão. Hoje são pais de seis filhos, avós de quatro netos e um bisneto, têm uma família unida, feliz, onde todos sabemos que temos um colinho ou um puxão de orelhas à disposição, dependendo do momento da nossa vida.
Tiveram sábado o casamento que a vida lhes impossibilitou há cinquenta anos. Com toda a família, com muita emoção expressa nos olhares de todos. Porque, sim, há coisas que são eternas. E o amor dos meus avós é eterno.
Parabéns meus queridos! Apesar de saber que não lêem o blogue, não podia deixar passar este momento, que me faz acreditar que o amor eterno sempre existe.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Sexta-feira, diria que 13.
Quem vê este filme da minha vida, qual mero espectador, pode achar que neste momento a minha existência se baseia no guião de um romance lamechas e meloso, incapaz de ganhar qualquer prémio de cinema. Confesso que compreendo porquê. É a minha atitude, a minha postura masoquista que o torna pouco interessante. É o tudo ou o nada. É a vontade de dar tudo de mim a alguém ou afastar-me para sempre quando acho que isso me vai magoar menos - ou facilitar a vida a outro alguém. Por isso controlo as lágrimas, a voz e guardo-me no único lugar seguro neste momento, em mim mesma. A ausência é grande, sim, sinto-lhe a falta, mas tenho de aceitar que estou melhor sem ele. Se sobrevivi doze dias na mais completa ignorância, como não poderei viver os outros?
Para bem da minha sanidade mental - que penso já me abandonou há uns dias - tenho de me afastar dele. Porque faz questão de me magoar propositadamente, sem qualquer memória dos bons amigos que já fomos. Porque me conhece tão bem. Porque me consegue atingir de uma forma tão profunda que, duvido, algum dia poderei superar.
Morri mais um pouco nesse noite.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Dia 11
Conclusão: gosto demasiado dele, não sei se gosto de mim. A cada dia que passa vivo no balanço entre o querer e o evitar, entre o conseguir e o falhar, sem apagá-lo da minha mente. Mas apago-me a mim. Aos poucos, apago a minha realidade. E, sinceramente, já nem me interessa o que vou encontrar amanhã!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Tentar ser o que já se foi.
Aquela que estou a ver não sou eu.
Duvido.
E ponto.
Não o quero mais perto de mim. Isto mesmo. Nem agora, nem talvez nunca. Não quero saber se está vivo, morto, feliz ou contente. Não quero retribuir uma importância e um interesse que ele não me retribuí a mim. Chega! Basta de achar que a vida é assim e que as pessoas não desaparecem da vida umas das outras, porque quando não querem fazer parte simplesmente se evaporam por falta de interesse. Basta de pensar que ele foi o primeiro e vai ser o último.
Talvez sinta falta dele. Admito que sim. Talvez agora o sentimento de que o excluí da minha vida, que o tornei indesejável pese na minha consciência. Mas um dia ele não vai existir mais. Não vou sentir falta dele, das suas piadas, do seu corpo. Aliás, já tive e terei bem melhor. Não vou sentir falta das maiores decepções que tive na minha vida, das quais ele foi responsável. Não vou sentir falta das surpresas que nunca tive. Não vou sentir saudades, daqui a um dia. Porque ele é... aliás, ele não é.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Yo no creo en las brujas; pero que las hay...
Hoje, a ler as notícias do dia no sapo.pt, por acaso, abri a página da astrologia, coisa que não faço habitualmente. E lá dizia isto:
Agora haverá uma maior compreensão do modo como o passado condiciona o comportamento presente. Há factos no passado que, no íntimo, marcam negativamente perturbando a liberdade e descontracção do espírito. Aproveite pois, neste período, para fazer uma profunda análise da sua vida e arrumr de vez com os fantasmas.
O que está perdido, perdido está.
É ano novo e, depois de um momento de quase colapso total, quero desintoxicar-me deste sentimento, deste alguém que intoxica cada célula do meu corpo. Quero continuar em frente, sem este vício. Não quero que sombras ou vultos me impeçam de continuar a viver, me façam repensar os passos certos que poderia dar e recuso-me a aceitar apenas migalhas de momentos que vão sem aviso e regressam do inesperado, apenas para me atormentar.
Quero usufruir de mim, sem vestígios de outro alguém. Quero desistir de ilusões de acções, porque nas palavras pareço não encontrar desilusão que baste. Quero abandonar o sentimento masoquista que toda esta situação pareceu despertar. Quero que tudo fique bem, quero ser mais uma a sobreviver. Já chega! Chega de me crucificar a mim própria por outro. Porque tudo tem um ponto final.
Os fantasmas serão aquilo que sempre foram: uma névoa indistintas nas recordações. Levarão consigo tudo aquilo que é meu e que algum dia lhe pertenceu. E eu voltarei a sorrir.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
De ontem.
Não senti a necessidade de me esconder como vinha a fazer desde alguns dias até lá. Quebrei a rotina de carnaval que tinha adoptado. Deixei de lado o vestido brilhante, tirei os sapatos pesados. Saí assim. Sai sem um vestido pesado e uma máscara que tapava os verdadeiros sentimentos do meu rosto. Senti a terra molhada e as gargalhadas dos pequenos e dos maiores da família. Mas eu era um sufoco, uma lâmpada intermitente à espera de me acender ou de fundir.
Eu não posso não acreditar. Não consigo, apesar de já ninguém acreditar comigo. Apesar de toda a gente me querer convencer de que isto é apenas um pesadelo e que amanhã, ou então depois, me vou levantar novamente e continuar a sorrir como sempre.