Eu quero fumo, beijos, outra vez com ele. E talvez saber o seu nome. Porque a vida é isso, uma vez só.
domingo, 29 de março de 2009
Uma vez só.
Eu quero fumo, beijos, outra vez com ele. E talvez saber o seu nome. Porque a vida é isso, uma vez só.
domingo, 22 de março de 2009
Faz.
Faz tudo isto hoje. Quer-me hoje, agora. Não me queiras amanhã. Porque amanhã o tempo pode já não ser nosso.
Passam-se horas.
Contudo, sei que não correrias atrás de mim se algum dia decidisse voltar-te as costas. Sei também que me arrependeria se fosse embora agora. Sei de tudo o que perderia se forçasse a tua saída da minha vida. Sei que não voltaria a ver os teus olhos cor de avelã nem sentiria a mais sincera gargalhada da tua boa disposição. Mas, porventura, também não sei porque continuo a amar-te se não me amas.
Da cidade do meu coração.
sábado, 14 de março de 2009
Hoje.
Obrigada. Não te vou desiludir.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Eu, fumadora, me confesso.
O cigarro também é companhia. Sobretudo para quem está sozinho. É um amigo fiel, é um momento de abstracção que torna tudo tolerável. Mas, principalmente, fumar serve para pensar. Quando me perco num argumento, pego num cigarro e penso. Não me levanto, não me agito, não abro a boca, não me distraio. Fumo e procuro com paciência a asneira. O cigarro concentra e acalma. Restabelece, por assim dizer, a normalidade.
Por detrás de um cigarro, o mundo parece mais seguro. Mesmo se andam por aí a garantir que não.
domingo, 1 de março de 2009
Não deixe de fumar.
Não, não é uma ironia. Nem sequer uma piada maldosa. Não é tampouco uma manifestação de repúdio aos fumadores ou um incentivo a retirar anos de vida. Até porque esses argumentos fazem parte do discurso daqueles melgas que querem que os outros parem de fumar - o que não é o meu caso. E, novamente, não é uma ironia.
Nesta guerra do tabaco, o que ressalta dos dois lados é um tom de imperativismo: de um lado, os chatos que pregam o clássico "deixe de fumar" e do outro os donos das empresas tabágicas que apregoam o tambén seu "fumar é legal". E eu, como qualquer vulgo humano, também sou acometida por ímpetos totalitaristas mas que não costumam passar de cepa torta. Pode não parecer, mas eu sou mais ou menos boa pessoa.
E, apesar de soar como uma ordem, o título não-ironico deste texto deverá ser entendido mais como um conselho amigável do que como um terceiro imperativo. No entanto, no meu totalitarismo, este post deve ser entendido como um belo e sonoro "fodam-se". Os chatos, claro. Porque me incomoda essa preocupação excessiva dos outros com a saúde alheia: se fumo, se bebo, se uso drogas, se passo o dia sentada, se como porcarias ou se leio livros de auto-ajuda. Isso é problema meu!