A varanda da minha casa é um sítio agradável de se estar, especialmente se tiver como companhia o sempre leal cigarro, meia dúzia de estrelas que decidiram hoje ontem visitar o céu e um bom livro. Faço uma pausa nas leituras e, ao longe, milhares de luzes dizem-me que existe mais vida para além do silêncio da minha rua, onde apenas o leve soprar do vento oscila lentamente as folhas mais altas de algumas árvores. Respiro fundo, sabe bem cada inspiração mais lenta.
É noite e nada mais se passará até ao amanhecer, quando voltará ao burburinho das rotinas, aos risos e gritos das crianças e perceberei que começou mais um dia. Igual a tantos outros.
Penso, inevitavelmente. E dentro da minha cabeça um turbilhão, uma disputa enorme. Penso, é sempre assim. E sinto borboletas na barriga quando me lembro de todos os gestos de carinho. E qualquer coisa estremece quando oiço aquela voz. E lembro-me então que desenho um sorriso no rosto quando sei dele. Penso. Deixo-me respirar fundo novamente. Um carro passa na rua, estranhamente. É altura de regressar ao conforto do meu quarto, apesar de me sentir ainda mais confortável ali, na companhia dos meus pensamentos.
É noite e nada mais se passará até ao amanhecer, quando voltará ao burburinho das rotinas, aos risos e gritos das crianças e perceberei que começou mais um dia. Igual a tantos outros.
Penso, inevitavelmente. E dentro da minha cabeça um turbilhão, uma disputa enorme. Penso, é sempre assim. E sinto borboletas na barriga quando me lembro de todos os gestos de carinho. E qualquer coisa estremece quando oiço aquela voz. E lembro-me então que desenho um sorriso no rosto quando sei dele. Penso. Deixo-me respirar fundo novamente. Um carro passa na rua, estranhamente. É altura de regressar ao conforto do meu quarto, apesar de me sentir ainda mais confortável ali, na companhia dos meus pensamentos.