domingo, 1 de maio de 2011

Nem gregos nem troianos

Percebe uma coisa de uma vez por todas, não vais conseguir agradar a todos.

De um lado, estarão aqueles que te criticarão o ser, desprezarão o intelecto, troçarão do sentido de humor, acharão tua pertença todos os defeitos dos homens. Desse lado, os mesmos apontarão o dedo em riste aos teus erros e afiarão a língua inflamada de ofensas e intrigas contra ti, como flechas cravadas na carne pela força das palavras. Do mesmo lado da barricada, outros assobiarão para o lado, ignorar-te-ão, achando-te desinteressante e vazia, pensando que o seu tempo é curto e precioso para ser gasto contigo.

Do outro lado, adorar-te-ão em forma de quase culto. Abanarão a cabeça em sinal de concordância, elogiar-te-ão a esperteza, o intelecto, o ser e as habilidades que concentras em ti. Jamais seguirão um caminho diferente do teu, defender-te-ão com unhas e dente, mesmo que isso lhes custe a credibilidade e o bom-nome.

Depois, há aqueles no caminho entre o oito e o oitenta. Que nuns dias te acharão disparatada, mas noutros afirmarão em pleno que a certeza está do teu lado. Que hoje não estão com a mínima paciência para a tua conversa que lhes parece insípida, mas amanhã chorarão às gargalhadas com o que contas. São aqueles que, no dia mais negro, conseguirão lembrar-se da tua humanidade, aceitando a estupidez. Porque para esses, és como és, nem sempre boa, nem sempre má.

És apenas tu, e ainda assim eles gostam de ti.

[post agendado]