sábado, 25 de julho de 2009

A noite

de ontem. Dificilmente consigo imaginar melhor forma de iniciar as minhas férias de Verão 2009. Duas guitarras, três pessoas talentosas, seis amigos. Um jantar delicioso ao ar livre. Ar fresquinho, entrecortado por uma brisa agradável. E dois anfitriões muito simpáticos.
Obrigada pelo momento.

muach*

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alma, por Louis Vuitton


Não fosse esta fofura custar mais do que o orçamento doméstico de qualquer família de classe média-alta e já eu lhe tinha declarado o meu enamoramento. Estou apaixonada. Desconfio, ainda assim, que este amor só será correspondido lá para o ano de 2050. Ou quando eu ganhar o euromilhões. Ou quando eu assaltar um banco.
(decorar o número de telemóvel de alguém é, sem dúvida, uma prova de amor. pelo menos, para mim, que nem o dos meus pais sei de cor)

Qualquer dia, fico sem amigos.

Ontem, em conversa, cheguei à conclusão que, um dia destes, fico sem amigos. Não sou o tipo de amiga que cuida, que liga e envia mensagens várias vezes, sempre pronta a dar mimo. Sou mais do tipo, 'precisas de alguma coisa? não importa o que seja', e estou lá para ajudar no que for necessário. Sem peneiras, sem panos de água morna para bajular o mimo e a graça.
Para alguns isso não basta. Eles gostam daquela preocupação constante, como se o mundo parasse, se naquele dia eu não der notícias nem quiser saber a rotina deles. Isso eu não dou, e nem é por mal, é por personalidade. Gosto de pessoas que, mesmo depois de um período sem contacto, são as mesmas e nos tratamos como se nunca o tempo tivesse passado. Gosto de estar com as pessoas e não de as conhecer através de um qualquer aparelho electrónico. Não levo a mal se aquela amiga não não me liga quando faço um dói-dói no dedinho, e espero que ela faça o mesmo. Mas gosto que me digam quando sou 'má amiga' e não suporto falhas de carácter.

Ser minha amiga é fácil, ter uma amiga como eu não sei. Resta-me pensar que, se são meus amigos, aceitam-me como sou. Assim a roçar para o insensível.

No matter what I say

My face will always tell the truth.

It hurts like hell have to lie to set you free.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Did you say it?

'I love you. I don't ever want to live without you. You changed my life'. Did you say it? Make a plan. Set a goal. Work toward it, but every now and then, look around. Drink it in, 'cause this is it. It might all be gone tomorrow.
[Grey's Anatomy, season 5, episode 24]

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Já não é mais.

Perdi-me de mim, não me lembro quando nem porquê. Sei que foi algures em Maio. Pelo caminho, perderam-se dores, secaram-se lágrimas, curaram-se feridas, viveram-se momentos, fizeram-se memórias e disseram-se muitas palavras.

Perdi-me, não sei se por causa dele ou por mim. A culpa é dele, mas também pode ser minha. Pelo meio,cantaram-se músicas, escreveram-se poemas, estreitaram-se laços, ofereceram-se beijos e distribuíram-se abraços.


Perdi-me e não me encontro. Pelo menos, não encontro mais a pessoa que era. Prefiro continuar a perder-me assim do que encontrar-me exactamente igual ao que era antes.

Afinal, sou mais feliz assim... Acho que foi em Maio!

Pretensão

Os telhados daquela cidade nunca lhe tinham parecido tão desalinhados. Era admirável a curva perfeita do jorro de água e a forma como uma gota se desfazia em mil quando se encontrava com outra. A noite estava límpida, sem vento e o mundo baloiçava certezas como um cigarro entre os dedos. Ela pensava nele como num estranho, sem nome. Nunca lhe vira o bilhete de identidade. Nunca lhe mexera nos bolsos à procura de um cigarro ou de um isqueiro. Nunca combinaram um encontro. Nunca partilharam o futuro.

Quando se partilha uma cama, já se está a partilhar tudo o que é possível partilhar. E as verdadeiras camas são os corpos que abraçámos.

Camas em quartos de hotel. Pensões de qualidade duvidosa. Residenciais. Camas de areia na praia. Camas no chã, no sofá, no tapete. E um coração, seguro entre duas mãos, para que não andasse à toa. Passou no café do costume, mas não entrou.

- Engana-se quem diz que ama com todo o seu coração.
- Queres um cigarro?
- Não quero que te apaixones por mim.
- És a pessoa mais pretensiosa que conheço.

Isto é que era doce!

Doce, doce, daquele mesmo bom, bom era ter todos os dias uma hora para almoçar descansada, oito para dormir, cinco minutos para comer de quatro em quatro horas e sair da faculdade antes das oito da noite. 15 minutos de silêncio sem ser quando estou a dormir e o jantar a sair para a mesa quando chegasse a casa era mesmo óptimo, mas não ando muito ambiciosa ultimamente. E daqui um bocado vou fazer o meu sono da sanidade que ontem parece-me que foi a semana passada!