quinta-feira, 16 de abril de 2009

Levo-vos comigo para a vida.

Vejo as fotografias e, por muito que quisesse, elas não me deixam mentir. Mais gordos. Mais altos. Mais palermas. Mais carecas. Mais apaixonados. Ou menos. Muito mudou, mais ainda permaneceu igual. A cumplicidade que se gerou entre nós os cinco - perdoem-me os acrescentos mais recentes - é evidente e não se disfarça ao olhar de ninguém. Vivemos muito juntos e já houve alturas em que não tínhamos sequer intimidade entre nós. Contudo, a vida adulta chegou e, apesar de irmos estreitando laços, fomos igualmente sendo capazes de separar as águas. É assim que compreendo uma amizade.

Mas esta semana tive saudades vossas, e muito por culpa minha. Sei que me sobrecarreguei de obrigações e tarefas por uma coisa que a nada vos diz respeito e que até podem não compreender. Sei que a culpa de não poder estar convosco é minha. Mas sinto saudades vossas, talvez como nunca senti. Por isso, deixo aqui o pedido de desculpas merecido e imploro para que arranjem um tempinho para mim dentro da minha agenda a abarrotar de coisinhas sem importância - mas para as quais contam comigo - para estarmos juntos. Outra vez.

Aos amigos. Porque é a vossa presença que me faz ser quem sou. Porque são as vossas palavras que me dão conforto para continuar. Porque são vocês que me fazem ter a certeza que posso avançar, às vezes de forma pouco irreflectida, porque vou ter sempre comigo alguém que me apoiará por maior que seja a asneira que faça. Porque são vocês que me fazem ponderar esses tais actos irreflectidos. Porque é convosco que sinto o carinho, a cumplicidade e a ternura que só uma amizade pode oferecer. Porque é convosco que quero continuar a partilhar momentos. E porque este blog fala dos amores que trago no coração, e esse amor também vos pertence.

[aos outros amigos que fui arrecadando na vida e que não são referidos acima, apesar do papel importantíssimo que têm na minha vida e da certeza que gosto de vocês daqui até à lua, peço a compreensão. Não se esqueçam que a tradição diz que não há amor(es) como o(s) primeiro(s)]

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