sábado, 5 de setembro de 2009

A canção.

Era apenas mais uma noite, como tantas outras de recordar que já tínhamos tido. Não me lembro o dia da semana, afinal o tempo passou depressa demais sem que eu o conseguisse contar. Apenas digo que a noite estava amena, agradável, quente até. O céu podia não ter estrelas, como tantas vezes não o tivera, mas eu nunca iria reparar nisso. A conversa surgiu como em tantas outras ocasiões, espontânea, fácil, interessante. Falaram-se de trivialidades e de coisas sérias. Cantaram-se canções, como tantas outras vezes. Mas, naquela vez, a voz dele fez -se ouvir, de uma forma distintas de tantas outras vezes. De olhos fechados, recostado, apreciei-lhe o rosto e as feições e encantei-me pela voz forte, rouca. Calmo, tranquilo, quase que sereno. Soube-me a prazer.

1 comentário:

Anónimo disse...

oh mamã...

fala a princesa 2.

só para dizer que acho que te percebi neste post. Li-te quase nos olhos... como naquela noite em que todos já dormiam e só aquele monte espanhol isolado testemunhou os nossos desabafos.

um abracinho. daqueles confortáveis e reconfortantes.