segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sexta-feira, diria que 13.

Uma coisa assim não pode ser ficção. Simplesmente, uma história imaginada, inventada, não se pode eternizar como esta. E muito menos magoar de maneira tão dura e penosa como esta.

Quem vê este filme da minha vida, qual mero espectador, pode achar que neste momento a minha existência se baseia no guião de um romance lamechas e meloso, incapaz de ganhar qualquer prémio de cinema. Confesso que compreendo porquê. É a minha atitude, a minha postura masoquista que o torna pouco interessante. É o tudo ou o nada. É a vontade de dar tudo de mim a alguém ou afastar-me para sempre quando acho que isso me vai magoar menos - ou facilitar a vida a outro alguém. Por isso controlo as lágrimas, a voz e guardo-me no único lugar seguro neste momento, em mim mesma. A ausência é grande, sim, sinto-lhe a falta, mas tenho de aceitar que estou melhor sem ele. Se sobrevivi doze dias na mais completa ignorância, como não poderei viver os outros?

Para bem da minha sanidade mental - que penso já me abandonou há uns dias - tenho de me afastar dele. Porque faz questão de me magoar propositadamente, sem qualquer memória dos bons amigos que já fomos. Porque me conhece tão bem. Porque me consegue atingir de uma forma tão profunda que, duvido, algum dia poderei superar.

Morri mais um pouco nesse noite.


1 comentário:

two_wheels_boy disse...

Uma coisa é conseguires superar, outra é quereres superar.
Para bem da tua sanidade mental...

;)