domingo, 22 de novembro de 2009

Uma saudade pequenina.


Por várias vezes, me deu umas saudades destes dias, daquelas apertadinhas, acompanhadas por um sorriso autista, só possível de ser partilhado com quem partilhou os mesmos dias.

Bem sei que o que passou, passou e o tempo não se vai compadecer de corações com saudades e recordações felizes. Aqueles instantes não se vão repetir, nem que voltemos os seis à mesma cidade, visitemos os mesmos locais, façamos tudo aquilo que fizemos. Nada será igual, bem sei.

Mas não será por isso que deixarei de sentir a falta do que senti naqueles momentos. Recordações de alegria, de loucuras, de juventude, de ser-se como se é, do mais puro à tona.

E é disso que sinto saudades.

sábado, 14 de novembro de 2009

I cant have it all...

Do you want a lover, or do you want a life?
One hand or the other, the butter or the bread knife?
Do you choose winter, spring, summer, or fall?

Se pudéssemos aguentar a exaustividade de contar, certamente que escolher é a coisa que mais fazemos durante toda a nossa vida. Aliás, acredito que a única coisa que não escolhemos é nascer. E a nossa vida é o resultado daquilo que escolhemos, uns escravos das escolhas, outros pensando que são livres para escolher. Tudo é moldado pelas nossas escolhas, escolhas de hoje geram as consequências de amanhã.

Mas como escolher entre duas coisas insubstituíveis? Como priorizar, como saber o que é melhor, como saber se vale o risco?

Bem sei, e bem me dizem, que a resposta é a coragem. Ela é algo que nos faz tomar as melhores escolhas. Basta tentar. A liberdade deixa-nos escolher o que fazemos, mas não nos deixa livres para escolher as consequências de nossas acções. Para isso resta-nos a coragem.

Tudo na vida são escolhas. E a mim falta-me coragem.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Às 0h07

três enfermeiras e uma auxiliar de acção médica dançam animadamente a música I gotta feeling dos Black Eyed Peas. Haja alegria, num sítio de tantas tristezas! E eu tenho um feeling que tomorrow's night’s gonna be a good night... :)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Como se diz quero-te?

Ela pegou no telemóvel e escreveu apenas Quero-te numa mensagem que ficou por enviar. Pensou adicionar-lhe alguma poesia mas já aprendeu que a vontade faz-se de palavras cruas e espontâneas. Naquele dia, não queria romance, nem conversas, nem mimos, nem amor. Queria-o a ele, na sua boca, ao som de murmúrios e prazer. Queria-o mas por não saber como lhe dizer, guardou o telefone e foi para a cama. Sozinha.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Calar.

As palavras arrastam-se, estendem-se languidamente pelo etéreo do meu pensamento. Às vezes, assomam quase à superfície, quase se materializam mas, na maioria dos meus dias, ecoam no mais profundo que encontro do meu ser. É inútil, bem sei. É um quase absurdo, porque a realidade que traduzem em código nada muda nem adia.