Chega não sabes bem como. Começa com um amor desamor, que te vai enlaçando. Primeiro, só mais um dia, só para conhecer. Depois, um mês, só para sentir o sabor. A seguir, um ano, para deixar lembrança. Passam-se três, passam-se quatro. E quase nem sentes o tempo que corre apressado, parece que foge de ti.
Vives sendo bipolar para os outros, fazendo todo o sentido para ti. Vives duas vidas paralelas que num ponto se entrecruzam, deixando-se de se distinguirem aos teus olhos. Sentes-te a crescer exponencialmente, bebendo das palavras de quem sabe o que diz. Vives tu, apenas tu, não necessitas de máscaras, e sabes que naquele lugar podes ser como quiseres. Unes-te a uma dor pequenina, mas aprendes que a dor traz consigo o doce sabor da conquista. Ensinam-te que deves ser forte mas apercebeste que todos podem chorar. Passas a acreditar que chorar não é uma fraqueza, porque ao teu lado, mesmo que as mesmas lágrimas lhe escorram pela face saudosa, estará sempre alguém que enxugue as tuas. Conheces gente, dás-te a essa gente que antes não querias contigo. Vives, vives, vives. Vives a mil. Vives tudo aquilo que consegues agarrar. E esforçaste para agarrar com ambas as mãos, não vá ela teimar em fugir. Sentes-te gente. Sentes os outros como gente.
E no final? E quando passarem os meus 325 dias? O que serei eu? Desaprendi a viver como antigamente. Já me parece tão longe aqueles dias sem rumo. O que serei? Serei apenas memória? Serei recordação? Serei mais um na tradição? Nada, serei nada para aqueles que ainda ficarão neste mundo que agora é tanto meu. Restam-me os meus 325 dias para viver o mais que puder, mas também para aprender a ser nada. Apesar deste ser um nada cheio de tudo.
Vives sendo bipolar para os outros, fazendo todo o sentido para ti. Vives duas vidas paralelas que num ponto se entrecruzam, deixando-se de se distinguirem aos teus olhos. Sentes-te a crescer exponencialmente, bebendo das palavras de quem sabe o que diz. Vives tu, apenas tu, não necessitas de máscaras, e sabes que naquele lugar podes ser como quiseres. Unes-te a uma dor pequenina, mas aprendes que a dor traz consigo o doce sabor da conquista. Ensinam-te que deves ser forte mas apercebeste que todos podem chorar. Passas a acreditar que chorar não é uma fraqueza, porque ao teu lado, mesmo que as mesmas lágrimas lhe escorram pela face saudosa, estará sempre alguém que enxugue as tuas. Conheces gente, dás-te a essa gente que antes não querias contigo. Vives, vives, vives. Vives a mil. Vives tudo aquilo que consegues agarrar. E esforçaste para agarrar com ambas as mãos, não vá ela teimar em fugir. Sentes-te gente. Sentes os outros como gente.
E no final? E quando passarem os meus 325 dias? O que serei eu? Desaprendi a viver como antigamente. Já me parece tão longe aqueles dias sem rumo. O que serei? Serei apenas memória? Serei recordação? Serei mais um na tradição? Nada, serei nada para aqueles que ainda ficarão neste mundo que agora é tanto meu. Restam-me os meus 325 dias para viver o mais que puder, mas também para aprender a ser nada. Apesar deste ser um nada cheio de tudo.
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