terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ab alio expectes, quod alteri feceris

A vida é marcada por ciclos, por momentos, por temporadas, toda a gente sabe. E toda a gente sabe também que, por vezes, a sorte, o destino ou o vento estão do nosso lado, nos sopram de feição e que, noutras vezes, nem por isso. Daí que oh gentalha, i don't give a shit para esse vosso tom imperativo e olhar de soslaio em jeito de "oh para mim agora tão importante, tão cheia de estatuto e afins". Aliás, tamanha bimbalhada apenas me reaviva a memória de uma frase que li um dia: Never interrupt your enemy when he is making a mistake.

E, porque a lei do retorno é uma grandessíssima cabra, eu, no vosso lugar, de vez em quando, ia olhando em volta.

domingo, 21 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Esconde ai, que pode ser que ela não veja!

A minha queriduxa da minha gata pensa que se ela não me puser a vistinha em cima, eu também não a consigo ver [e a prova é que está toda escondidinha atrás da cadeira a tentar puxar a alça da minha carteira]. Tudo bem. Agora, sério, mas grave e sério mesmo, é gente com mentalidade da minha gata. Gente que pensa que, se for cabrita montesa escondida da vista, os outros não lhe conhecem os cornos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eu não tenho filhos, pois que não tenho. Também não sou mulher, nem namorada de ninguém. Aliás, nem dona de um cão sou porque não tenho vida para tal, com o risco de encontrar o cão com o pernil esticadinho duas semanitas após a aquisição por esquecimento completo e total da dona da sua existência. Eu também não sou dona de uma mentalidade pequenina, ai que coitadinha que eu sou, ó para mim a chorar pelos cantos! Isto também não quer dizer que eu não seja gente.

Como tal, a grandessíssima otária que tenho vindo a ser vai deixar de se preocupar com metade do mundo, meio mundo esse composto por gente ingrata e pequenina, que só conhece a versão do venha a nós senhora!

Paciência. Ai precisa. Azar do caralho. Ai está mal. Habemos pena.

Por isso, está decretado o fim da época do vou lá ajudar todos os pobres coitados do mundo. A partir de hoje, façam-se à puta da vida que a mim também me custa.

sábado, 13 de novembro de 2010

É Natal!

Depois dos programas decorados com enfeites, das comédias românticas dos anos 90 que populam na televisão, da Popota cada vez mais magra (vacória!), agora são os blogues cheiinhos de descrições de relações lindas, de sucesso, embuídos de amor lamechas bem como roupas, sapatos e presentes caríssimos (viva o poder de compra!) para me foder a cabeça!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Laço

Há seis anos, mais coisa menos coisa, toda eu vibrava quando estávamos juntos. Ele foi o meu primeiro namorado a sério e o meu primeiro desgosto de amor. Tinha eu 16 anos e achava que nada na vida podia ser mais sério, mais eterno e mais real do que o nosso namoro. Ele foi o meu namoradinho do liceu e vi-o assim durante anos. Creio que isso só mudou porque entrei na faculdade e descobri um mundo novo.

No outro dia, vi-o, na estação de comboios, no meio de um rebuliço enorme. Está quase igual, apenas mais gordo, com mais ar de senhor e menos de menino. O sorriso está lá, bem como muitos dos outros pormenores que antes conhecia de cor e que, quando o vi, se avivaram  na  memória. Quando o vi, olhei-o nos olhos, as mãos não tremeram, mantivemos uma conversa que fui eu a iniciar e ainda rimos os dois.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Do fim-de-semana

Para quem não sabe, sou – desde que me lembro – uma adepta fervorosa do FC Porto, ou não fosse eu filha do meu pai. O mesmo pai que aos seis anos me tornou sócia, aos onze me comprou um lugar anual nas ainda Antas e que fomentou, orgulhosamente, um clubismo desmedido, que se mantêm até aos dias de hoje. Vibro muito com o clube e, apesar de não ligar nenhuma ao desporto em geral, raramente perco um jogo do meu FC Porto. Aliás, vibro em cada jogo do  meu clube, consigo até ter um palavreado capaz de fazer corar a maior peixeira do Mercado do Bolhão se as coisas nos estiverem a correr mal.
E, por isso, quando tive tempo para isso e quando a internet cá de casa resolver funcionar, tenho de deixar a posta de pescada aqui no blogue sobre o jogo de domingo, o já famoso FCP 5 - Visitantes 0. E já lá iam uns anitos (96/97) desde a última real toirada.

Estes 5-0 reflectem a diferença entre ambos. De um lado, a qualidade de uma equipa pronta a comer a relva - não que tenha sido necessário - para fazer a festa no fim. Do outro lado, uma equipa que diz comer em pratos de marfim mas que não passa de porcelana da China. Pormenores. O jogo foi tão desequilibrado, que cheguei a ter pena (não, na realidade não). E em jeito de Feliz Natal e felicidades pelo aniversário de Jesus, o FC Porto ofereceu cinco presentes ao clube lá de baixo, que pode começar já a dizer adeus ao título, ainda antes do Natal. Um mal que também atormenta os vizinhos mouros há anos.

Do jogo, ressalto ainda comprovação de que dizer que a Ovelha Choné é um grande defesa central é uma piada e que realmente ele é um jogar rápido, comparado com uma tartaruga em hibernação. Mais ainda, dos erros dos vermelhinhos dentro de campo muitos falaram e melhor do que eu certamente, mas não tenho ouvido falar de um outro, o erro crasso do Sr. Rui Pereira, Ministro da Administração Interna. Para a próxima, para além de encerrar o trânsito a metade das estradas do Porto, tem de pedir também à guarda policial para impedir que os jogadores do FC Porto se aproximem da baliza do Roberto (cocorococó).

Ganhar ao Benfica no domingo? "Foi como bater em mortos... mas mais fácil!" (retirado daqui).