a tua pequena dor
quase nem sequer te dói.
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói.
é uma dor pequenina
quase como se não fosse.
é como uma tangerina,
tem um sumo agridoce.
de onde vem essa dor,
se a causa não se vê.
se não é por desamor,
então é uma dor de quê?
não exponhas essa dor
é preciosa, é só tua
não a mostres, tem pudor
é o lado oculto da lua.
não é vício nem costume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração.
talvez seja a dor de ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além.
certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates, guarda-a bem
guardada no fundo do peito!
quase nem sequer te dói.
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói.
é uma dor pequenina
quase como se não fosse.
é como uma tangerina,
tem um sumo agridoce.
de onde vem essa dor,
se a causa não se vê.
se não é por desamor,
então é uma dor de quê?
não exponhas essa dor
é preciosa, é só tua
não a mostres, tem pudor
é o lado oculto da lua.
não é vício nem costume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração.
talvez seja a dor de ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além.
certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates, guarda-a bem
guardada no fundo do peito!
(Rui Veloso - A tua pequena dor)
Deixaram-me as dores de coração. Posso agora apreciar aquela que me impele para ser sempre mais, sempre melhor. Dor pequenina, que não mata, mas que mói.
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