terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Grey's (III) 5x11

«Continua. A unica coisa que podes fazer é ser corajosa o suficiente para prosseguir. Lutaste, amas-te. Perdeste. Continua, Torres».

Estou decididamente apaixonada pela Anatomia de Grey, e o Mark Sloan é definitivamente o meu personagem favorito. Izzie Stevens, estás oficialmente destronada. ;p

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Hoje

Escrevi um post novo sobre mim. Em seguimento dos últimos posts. Quero dar notícias, mas queria que fossem boas. Portanto, fica em stand-by. Até daqui a uns dias. Quando for totalmente verdade.

Jeffrey Dean Morgan

Podia ser um Obama. Mas também podia ser este.

Sinceramente não sei. Não sei se é dos filmes que tem feito, se é por ser o Denny Duquette. Não sei mesmo. Mas este homem tem qualquer coisa que...

Obama

É impossível não gostar de Obama. O que eu precisava mesmo era de um Obama da minha vida. Bem alto, para me proteger. Inteligente. Elegante. Educado. Que dissesse coisas bonitas num tom melodioso. Que me enchesse de esperança de um final feliz. Que fizesse uma mudança na minha vida. Que me comovesse e, ao mesmo tempo, me enchesse de orgulho. Um autêntico príncipe, portanto.

«Sei que vou-te amar, por toda a minha vida»

Fala-se de amor, de paixão, de amizade. Cada vez se fala mais, mas cada vez mais estes sentimentos são breves, sem lágrimas ou saudades. A vida é, de facto, cada vez mais uma leviandade de momentos efémeros que -pessoalmente, porque ainda gostaria de acreditar em contos de fadas - impedem de um dia um avó contar a um neto a história do amor da sua vida. Aquela em que um rapaz se apaixona por uma rapariga da sua aldeia. Juntos, casam-se, têm filhos e amam-se até ao seu último suspiro nesta terra.

Uma história como a que os meus avós contaram, sábado, dia 24 de Janeiro de 2009. Uma história de amor duradouro e que se fortaleceu ao longo de meia década. Um amor especial, que me acompanha ao longo da vida e que fará para sempre parte da história dela. Um exemplo que admiro e que me enche de orgulho.

Os meus avós completaram sábado cinquenta anos de casamento, uma união firme apesar dos contratempos e das dificuldades. Entre eles, percebe-se que existe amor, amizade, respeito e compreensão. Hoje são pais de seis filhos, avós de quatro netos e um bisneto, têm uma família unida, feliz, onde todos sabemos que temos um colinho ou um puxão de orelhas à disposição, dependendo do momento da nossa vida.

Tiveram sábado o casamento que a vida lhes impossibilitou há cinquenta anos. Com toda a família, com muita emoção expressa nos olhares de todos. Porque, sim, há coisas que são eternas. E o amor dos meus avós é eterno.

Parabéns meus queridos! Apesar de saber que não lêem o blogue, não podia deixar passar este momento, que me faz acreditar que o amor eterno sempre existe.


(fotos de sábado, depois mostro as restantes a pedido de algumas, poucas famílias)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sexta-feira, diria que 13.

Uma coisa assim não pode ser ficção. Simplesmente, uma história imaginada, inventada, não se pode eternizar como esta. E muito menos magoar de maneira tão dura e penosa como esta.

Quem vê este filme da minha vida, qual mero espectador, pode achar que neste momento a minha existência se baseia no guião de um romance lamechas e meloso, incapaz de ganhar qualquer prémio de cinema. Confesso que compreendo porquê. É a minha atitude, a minha postura masoquista que o torna pouco interessante. É o tudo ou o nada. É a vontade de dar tudo de mim a alguém ou afastar-me para sempre quando acho que isso me vai magoar menos - ou facilitar a vida a outro alguém. Por isso controlo as lágrimas, a voz e guardo-me no único lugar seguro neste momento, em mim mesma. A ausência é grande, sim, sinto-lhe a falta, mas tenho de aceitar que estou melhor sem ele. Se sobrevivi doze dias na mais completa ignorância, como não poderei viver os outros?

Para bem da minha sanidade mental - que penso já me abandonou há uns dias - tenho de me afastar dele. Porque faz questão de me magoar propositadamente, sem qualquer memória dos bons amigos que já fomos. Porque me conhece tão bem. Porque me consegue atingir de uma forma tão profunda que, duvido, algum dia poderei superar.

Morri mais um pouco nesse noite.


BOA!

Não falas comigo. Eu não falo contigo.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Dia 11

Num momento uma borracha apaga uma frase importante. Num momento uma onda apaga as pegadas deixadas por alguém. Num momento, a chuva apaga o sol daquele dia. Num momento apenas. Eu queria apagar apenas num momento a identidade dele da minha consciência. Mas, por mais que me esforce, por mais que force, parece-me que não energia suficiente para, num momento, apagá-lo do meu pensamento.

Conclusão: gosto demasiado dele, não sei se gosto de mim. A cada dia que passa vivo no balanço entre o querer e o evitar, entre o conseguir e o falhar, sem apagá-lo da minha mente. Mas apago-me a mim. Aos poucos, apago a minha realidade. E, sinceramente, já nem me interessa o que vou encontrar amanhã!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tentar ser o que já se foi.

Há dias em que o espelho me engana.
Aquela que estou a ver não sou eu.
Duvido.

E ponto.

Tenho pensado muito nestes últimos dias. Tempo não me tem faltado para o fazer, afinal parece-me que entrei numa espécie de hibernar, onde só os compromissos realmente sérios me arrancam das muralhas de protecção que têm sido as paredes da minha casa e o esconderijo do meu quarto. Acompanhados de lágrimas, os pensamentos não fluíam, quase se afogavam em tanta lamechice. Hoje, num ambiente estranho ao meu quarto e à minha casa, muito mais ruidoso e confuso, muito mais cheio de vida e de morte, pensei sem ser preciso pensar. A decisão veio assim, logo que me apercebi que há mais do aquilo que vinha a ter desde o primeiro dia de um ano que se adivinhava quase fatídico.

Não o quero mais perto de mim. Isto mesmo. Nem agora, nem talvez nunca. Não quero saber se está vivo, morto, feliz ou contente. Não quero retribuir uma importância e um interesse que ele não me retribuí a mim. Chega! Basta de achar que a vida é assim e que as pessoas não desaparecem da vida umas das outras, porque quando não querem fazer parte simplesmente se evaporam por falta de interesse. Basta de pensar que ele foi o primeiro e vai ser o último.

Talvez sinta falta dele. Admito que sim. Talvez agora o sentimento de que o excluí da minha vida, que o tornei indesejável pese na minha consciência. Mas um dia ele não vai existir mais. Não vou sentir falta dele, das suas piadas, do seu corpo. Aliás, já tive e terei bem melhor. Não vou sentir falta das maiores decepções que tive na minha vida, das quais ele foi responsável. Não vou sentir falta das surpresas que nunca tive. Não vou sentir saudades, daqui a um dia. Porque ele é... aliás, ele não é.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Yo no creo en las brujas; pero que las hay...

las hay!

Hoje, a ler as notícias do dia no sapo.pt, por acaso, abri a página da astrologia, coisa que não faço habitualmente. E lá dizia isto:

Agora haverá uma maior compreensão do modo como o passado condiciona o comportamento presente. Há factos no passado que, no íntimo, marcam negativamente perturbando a liberdade e descontracção do espírito. Aproveite pois, neste período, para fazer uma profunda análise da sua vida e arrumr de vez com os fantasmas.

O que está perdido, perdido está.

Ninguém é insubstituível. E dispenso fantasmas na minha vida. Recuso-me a viver com eles.
É ano novo e, depois de um momento de quase colapso total, quero desintoxicar-me deste sentimento, deste alguém que intoxica cada célula do meu corpo. Quero continuar em frente, sem este vício. Não quero que sombras ou vultos me impeçam de continuar a viver, me façam repensar os passos certos que poderia dar e recuso-me a aceitar apenas migalhas de momentos que vão sem aviso e regressam do inesperado, apenas para me atormentar.

Quero usufruir de mim, sem vestígios de outro alguém. Quero desistir de ilusões de acções, porque nas palavras pareço não encontrar desilusão que baste. Quero abandonar o sentimento masoquista que toda esta situação pareceu despertar. Quero que tudo fique bem, quero ser mais uma a sobreviver. Já chega! Chega de me crucificar a mim própria por outro. Porque tudo tem um ponto final.

Os fantasmas serão aquilo que sempre foram: uma névoa indistintas nas recordações. Levarão consigo tudo aquilo que é meu e que algum dia lhe pertenceu. E eu voltarei a sorrir.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

De ontem.

Era manhã, e já ia mais avançada do que pensava. Olhei-me ao espelho. E estava deplorável: olheiras carregadas, cabelo desajeitado, maquilhagem completamente esborratada. Estava demasiado desarranjada, desconjuntada.

Não senti a necessidade de me esconder como vinha a fazer desde alguns dias até lá. Quebrei a rotina de carnaval que tinha adoptado. Deixei de lado o vestido brilhante, tirei os sapatos pesados. Saí assim. Sai sem um vestido pesado e uma máscara que tapava os verdadeiros sentimentos do meu rosto. Senti a terra molhada e as gargalhadas dos pequenos e dos maiores da família. Mas eu era um sufoco, uma lâmpada intermitente à espera de me acender ou de fundir.

Eu não posso não acreditar. Não consigo, apesar de já ninguém acreditar comigo. Apesar de toda a gente me querer convencer de que isto é apenas um pesadelo e que amanhã, ou então depois, me vou levantar novamente e continuar a sorrir como sempre.
O meu arrependimento é medíocre, apesar de ele ser uma presença idiota que não deveria ter a mínima importância. Um sentimento potente que me tira-me o ar. Oh meu Deus, que fui eu fazer?

2009 e...

...o mundo entrou em colapso.