sábado, 17 de abril de 2010

Sozinhos podemos chegar mais rápido, mas juntos vamos mais longe

Todos os momentos da nossa vida podem ser lições, sejam eles bons ou maus. E, sem dúvida, que há momentos que, pela intensidade com que são vividos, se tornam grandes lições de vida. Tal como o foi a Caminhada a Santiago de Compostela, organizada pela Academia do Porto.

Lembro-me de entrar nesta caminhada apenas por um motivo, já por si grandioso: a praxe. Contudo, agora, uma semana após a digestão de todos os sentimentos experienciados e (quase) curadas todas as mazelas de cinco duros dias, já não consigo dissociar-lhe outros motivos que me levarão a repetir esta caminhada, se a vida mo permitir.

Admito que toda esta caminhada foi uma luta interior, silenciosa, acompanhada de lágrimas e sorrisos e gargalhadas espontâneas. Dessa luta, sinto que cresci enquanto pessoa para os outros. Porque nesta caminhada é palpável a força interior de uns que contagia os outros, a resistência de cada um, ultrapassar limites pela companhia, a diferença entre as pessoas que acabam por formar um grupo que tem mais força que a soma das forças de cada um.

E, por isso, uma palavra de apreço (até poderia agradecer, se isso pudesse ter lugar em praxe) a todos aqueles que me acompanharam nesta caminhada terrena, de sítios de cortar a respiração, e de mudança.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

De amanhã a 12

Tudo na vida deve ser feito como se fosse durar para sempre. Se depois o eterno não for mais do que algo perene, a paciência terá sido uma nobre arte aprendida ao longo do caminho para a eternidade. Só querendo tornar algo resistente, forte, eterno, poremos todo o nosso empenho nessa tarefa e, se ela fracassar, saberemos que a fizemos o melhor que pudemos!

É na sombra deste pensamento que amanhã, com dois dos meus melhores amigos, num grupo de homens e mulheres, crentes e não crentes, pessoas ocupadas e outras nem tanto, com vida familiar exigente ou com disponibilidade, com caras conhecidas e desconhecidas, num total de trinta pessoas, vou enveredar num dos maiores desafios que aceitei: a caminhada até Santiago de Compostela. Não foi uma questão de fé, nem de amizade. É por algo maior que isso.