domingo, 11 de julho de 2010

São apenas nomes.

[Jorge Palma - A gente vai continuar]

Revejo mentalmente todos os nomes na minha cabeça. Quando. Como e porquê. Chegam e atropelam-se uns aos outros. Os beijos, os sorrisos, as lágrimas, os sentimentos, as acções. Uma mistura. E eu serei sempre a miúda à espera que as coisas aconteçam. Estou cansada e faltam-se braços onde descansar. Mas enquanto houver ventos e mar, não posso parar!

  estou cansada e faltam-me abraços onde descansar.

sábado, 10 de julho de 2010

A song that reminds me of somewhere.



[Vanessa da Mata & Ben Harper - Boa Sorte /Good Luck]


Há um desencontro. Veja por esse ponto. Há tantas pessoas especiais.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A song that reminds me of someone.

[Cas Haley - Walking on the Moon (acoustic)]

Do amigo que, antes de entrar na minha cabeça, pronuncia sempre um 'diz-me' antecipado. Do amigo, com quem um 'gosto de ti' assim é melhor do que qualquer amo-te. De um amigo que me liga nem que sejam cinco da manhã, porque acredita que os amigos não dormem. De um amigo que, ao olhá-lo, penso que não devia ter crescido nunca. De um amigo que me faz querer manter a ingenuidade, o sorriso de miúda e os pensamentos de teen. De um amigo que me faz acreditar que assim começam as histórias-de-amizade-para-sempre. 

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cairam as pontes entre nós...

Não sei se é do momento, se é das mentalidades, se é sequer do meu complexo de estou-sempre-a-queixar-me-ou-a-inventar-queixas para me poder complacer de uma vida onde nada se passa. Não sei se é de uma coisa ou de outra. Mas a verdade é que acredito cada vez mais que se está a criar um fosso entre mim e eles, o que faz com que não me apeteça partilhar com eles as mesmas coisas que antes partilhava, passar os mesmos momentos que antes me sabiam tão a doce e que agora me sabem ligeiramente a amargo. E eu tenho (mea culpa) muitas vezes da sensação paternalista de olhar em certas atitudes e comentários meios de lado que por vezes faço ou, pelo contrário, dos silêncios que crio. Demasiadas vezes reviro os olhos (apenas mentalmente) e solto um suspiro de pfff (também mentalmente). Outras vezes, igualmente demasiadas, não tenho muita paciência para o que se passa nem para o que de muito se conversa. E a culpa, essa, será mesmo do grau de diferença que têm as nossas vidas e as nossas realidades.


[E há vezes em que não tenho mesmo paciência. E há vezes em que nem sequer entendo. E sim, o problema só é meu. E não, não trocava o meu desconforto por um melhor entendimento do mundo de quem me rodeia. Porque isso implicaria que o meu mundo fosse diferente. Se calhar chama-se parvoíce. Ou talvez se chame maturidade.]

terça-feira, 6 de julho de 2010

A song that makes me sad.

[Carlos Varela - Una palavra]

Das (minhas) amizades

Eu não mando mensagens de bons-dia. Eu não dou beijinhos e abracinhos. Eu não ligo todos os dias nem mando trinta mil emails só para saber novidades. Eu não alinho em tudo, não vou a todo o lado. Eu não desejo felicidades antecipadas nem ligo propositadamente para dar parabéns. Raramente dou o primeiro passo para combinar encontros. O meu ser amiga colide frequentemente com o meu ser de bicho-do-mato mais vezes do que gostaria.

Mas as pessoas de quem sou efectivamente amiga sabem que, faça chuva ou sol, dia ou noite, estou disponível. Aconteça o que acontecer, estou lá. Seja para aturar uma bebedeira, para enxugar uma tristeza ou celebrar uma coisa boa. E sei que se ligar o 9-1-1 das amizades, tenho do outro lado alguém para mim como eu para esse alguém. 


 [What is a friend?]

domingo, 4 de julho de 2010

O meu pai.

O meu pai fez cinquenta anos ontem. E, mais uma vez, percebi o quanto aquele senhor me influenciou a ser como sou. Ontem, nos prazeres dos sabores e da música. Mas, sei, partilhámos mais do que isso. E eu não sou quem eu sou sem ele. Parabéns paizinho!

[e, nos entretantos, escrevi e apaguei tantas palavras. Elas diziam o quanto eu gosto dele, do meu pai. O quão ele é importante para mim. O quanto sortuda sou por ter um pai assim, como o meu, que me ama, que me protege, que me ensina a viver e que, de forma intencional ou não, me fez pelos seus moldes. Amo-o muito, por mais piroso que pareça o sentimento escrito nesta palavra]