terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O bom filho à casa torna.

Lucho não vem vestir a pele de santo milagreiro. Nem sequer é uma contratação prioritária. Não é ele quem vai salvar a época. Aliás, contrariando a euforia dos adeptos que se agarraram a esta réstia de esperança, nem sequer tenho muitas expectativas para a restante época, face à idade e à baixa forma física.

Mas no meio de tanta raiva, de tanta tristeza, de uma equipa partida em pedaços, de um técnico arrogante e incompetente, de uma direcção que parece ter perdido o rumo, de muitos erros, é bom ver chegar alguém que sente o FC Porto como a sua casa, como o seu clube e que veste esta camisola com orgulho, independentemente das notas com que possam acenar. Talvez alguns possam aprender algo com ele...

Sê bem vindo El Comandante à casa que sempre foi tua!

[será que Lucho está a ver alguma luz ao fundo do túnel? 
Talvez a resposta esteja nas suas costas. Curiosa imagem, sem dúvida...]



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Morder a língua

Mordo a língua de cada vez que penso no que escrevi aqui. No fundo, estava tomada pela fúria por causa do AVB, como também tinha descrito aqui, e não tinha motivos para não acreditar piamente na opção do Presidente Pinto da Costa. Mas se arrependimento matasse, eu já estava fria, dura e apodrecida depois de ter escrito aquelas palavras. Já por outra vez pus o dedo na ferida, mas num dia em que a fúria é mais do que a sentida aquando do abandono do treinador que supostamente estava na sua cadeira de sonho, tenho de voltar a demonstrar o meu descontentamento, perante um Presidente desaparecido em combate, e uma SAD inexistente. Aliás, onde estás tu, Pinto da Costa? Para mim, há uma outra escolha a fazer: ou o Presidente está pronto para a guerra ou a idade não perdoa. E se a idade não perdoar, ninguém levará a mal que se ausente e para sempre será recordado como o maior e melhor presidente de um clube português. O que não pode acontecer, é deixarmos o barco à deriva à mercê de incompetentes que parecem nem saber o que é um leme.

A equipa que enverga a camisola do meu FC Porto está apático, desmotivado, descrente, sem vontade e sem força, contrariando uma massa adepta que ainda acredita, que ainda enche estádios, que ainda quer ser campeã. Começando do início e pelo início, em pontos para ser mais fácil.
  • Helton não foi capitão. Segundo informações oficiais, que não me convencem de que não são mais do que desculpas de mau pagador, Rolando assumiu o papel porque o guarda-redes não pode sair da área para protestar ou arrisca-se a ver cartão amarelo. Helton é guarda-redes há mais de dois anos, o tão conhecido habilidoso Paixão já apitou jogos do FC Porto e nada mudou. Mais, e o frango do primeiro golo, o ar abatido do Helton durante o jogo? Não há fumo sem fogo, costuma dizer-se. Moutinho, Rodriguez... Será que agora foi a vez de Helton?
  • Os jogadores que nos custaram os olhos da cara continuam no banco e não se auspicia que joguem mais nos próximos tempos. Dá-me especial aperto no coração e na carteira - porque temos ali 18M a desvalorizar - ver o esforçado mas nada mais Maicon ganhar a titularidade a Danilo.
  • Kléber. 90 minutos a jogar com dez. Nada mais a acrescentar. O miúdo júnior, pelo que já pude ver nalguns jogos que assisti no Olival, é trinta vezes melhor que ele. E se não há cão nem gato, em nada perdíamos em tentar caçar com a cria.
Foi uma noite para esquecer. Porque se notou claramente que, por muito que tentem desmentir, existe um balneário dividido. Porque temos um suposto líder que, perante uma equipa que se afunda e perante as adversidades externas, não tem soluções e se limita a observar a tragédia, para depois apontar o dedo, ilibando-se de qualquer responsabilidade, numa atitude arrogante que me indigna enquanto associada do FC Porto.

Hoje, os portistas estão tristes. Porque está mais difícil, porque não gosto de ver estes jogadores enxovalhados, porque quero sempre que o meu clube ganhe e zango-me quando perde mas consigo facilmente perdoar-lhe uma derrota esforçada. Mas o que me parte a alma e o coração é saber que, se continuarmos com aquela merda que temos no lugar de treinador, desistir é a palavra que mais ordena. 

Vítor Pereira é incompetente, arrogante e percebe tanto de futebol como eu percebo de física quântica. Mas ontem provou também que é um covarde, um fraco, um desistente. Características que não combinam com aqueles jogadores - já esquecemos o jogo para a Taça na Luz? - nem com a grandeza do meu clube.