domingo, 22 de março de 2009

Passam-se horas.

Passam horas. As minhas mãos ocupam-se, as tarefas chamam-me de forma cada vez mais insistente. Passam horas, momentos, ocasiões, o tempo esvais-se em fumo. Só tu não passas. Como se te tivesses tornado eterno na minha vida. Às vezes penso-te tão próprio que não sei como poderia dissociar a minha vida da tua, outras vezes é o meu desejo mais ardente.
Contudo, sei que não correrias atrás de mim se algum dia decidisse voltar-te as costas. Sei também que me arrependeria se fosse embora agora. Sei de tudo o que perderia se forçasse a tua saída da minha vida. Sei que não voltaria a ver os teus olhos cor de avelã nem sentiria a mais sincera gargalhada da tua boa disposição. Mas, porventura, também não sei porque continuo a amar-te se não me amas.

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