terça-feira, 4 de novembro de 2008

Os amigos não são para as ocasiões.

Claro que não.
Os amigos que são amigos são para tudo. E para todo o sempre. Ali, de pedra e cal. A proteger, a abrigar, a ajudar, a apoiar. Mutuamente. Numa relação que circula numa rua de dois sentidos. Dar e receber. A amizade não deve ser de outra forma. Não poderia ser, afinal isto sim é amizade. O resto é um bando de pessoas a quem apreciamos a companhia, com quem partilhamos alguns momentos mas que não passam de meros conhecidos a quem nunca poderemos partilhar mais do que um simples olá-já-não-te-via-há-que-tempos-temos-de-nos-encontrar-mais-vezes!

Um dia destes, já lá vai uma semana, sofri um revés naquela lista pequenina e restrita onde tinha aquelas pessoas que – como diz uma grande amiga – “vão ao meu casamento”. Uma daquelas pessoas que tinha no meu leque de amigos de pedra e cal revelou ser feita de plasticina, barro ou qualquer outra pasta moldável que os putos utilizam para fazer e desfazer com a mesma facilidade.

Certamente custou-me mais a mim do que ela. Não é fácil ver a outra face de uma pessoa, mas mais triste ainda é conseguir perceber que a nossa relação chegou a um ponto onde não há inversão de marcha. Não sou rancorosa, a sério. Até acredito nas reconciliações, mas não acredito na ressurreição dos mortos.

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