terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esperança

Esperança. Custa, cansa, magoa, aborrece. É aquele sentimentozinho que nos acalenta o espírito, que torna uma palavra amarga na mais doce, que transforma cada gesto pequenino – que vale apenas aquilo que significa – em algo cheio de significado.

Esperança. Conservo-a. Porque de que vale viver se não podemos sonhar com nada? Talvez um dia, diz o coração. Acredita que nunca, refila a cabeça, tão ciente da realidade tal como ela é. Um dia, quem sabe, poderás ser tu e ele, diz-me o lugarzinho de onde emergem os sentimentos. Não sejas crédula, nunca serão um vocês, contraria o espaço onde está guardada a lógica que ainda me resta.

Eu prefiro continuar a alimentar o sentimento que vem do lugar mais carinhoso. Estupidez? Irrealismo? Credulidade? Talvez. Mas um dia a vida vai mostrar-me o caminho a seguir. E nessa altura, vou em frente. Sem sequer olhar para trás. Seja ele qual for.

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