quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Por que prender a vida em conceitos e normas?

Não gosto de estereótipos, porque não compreendo que se possa reduzir a uma característica toda a essência de uma pessoa. Se é loira, não é necessariamente burra. Se é informático, não tem de ser nerd. Se é enfermeira, não tem de ser uma pin-up girl. Se é um homem de sonho não tem de ser alto, loiro, forte e de olhos azuis. 

 Prefiro alguém engraçado e de riso fácil do que alguém lindo. Prefiro um homem que sai com os amigos, que não vive em função de mim ou de nós, que adora um bom copo e, às vezes, até passa os limites, que gosta de desporto e assume que prefere ver a bola do que falar de livros, que não gosta de vestir um fato, que acha que fazer a barba é uma chatice necessária e que não sabe qual a marca de perfume que uso. Prefiro um homem que saiba que os pequenos prazeres da vida são aquilo que nos faz gostar de viver: comer, dormir, rir. Um homem que quer viver despreocupada e saudavelmente. 

 Não tem de ter músculos definidos, olhos azuis e cabelo louro; pode até ter uma barriguinha saliente, olhos castanhos banais e pouco cabelo. Não tem de ter o melhor emprego do mundo, apenas fazer aquilo que gosta com inteligência e saber. Não tem de ser o Mr. Right aos olhos dos meus pais: pode fumar, beber e até dizer uns palavrões de vez em quando, especialmente se a vida lhe corre mal, porque de certeza que noutros momentos me compensará com o seu humor. 

 Basta que seja feliz e que me faça feliz. 


 Inspirado num texto de Arnaldo Jabor.

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