terça-feira, 14 de setembro de 2010

Férias. 2010

As férias foram cá dentro, num lugar onde apenas se vislumbravam resquícios de modernidade. E eu, como sempre, dos píncaros do meu pessimismo citadino, fui reticente, muito. Apesar disso, foram dias aprazíveis, com praias e castelos, barragens, banhos de rio, montes, lágrimas e sorrisos, companhias. Foram muitos dias sem telemóveis, sem internet e sem chuva na televisão. Dias em que o tempo se media pelo sol e as horas se contavam pelas badaladas do sino. Almoços e jantares com outro sabor, seja pela água da fonte para a mesa, pelos legumes apanhados imediatamente antes de irem para o tacho, pelo pão acabado de sair do forno, seja pelas alheiras feitas pelas mãos carinhosas e preocupadas de uma avó. Momentos de silêncio em que a consciência está à tona ou então de calor e generosidade com as pessoas da aldeia. Se calhar, voltava lá novamente.

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