quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dores que sabem bem


Nunca fui uma pessoa magra, bem pelo contrário. Quando nasci era uma bebé gordinha e assim continuei enquanto criança, adolescente e por aí fora. Mas, achaques de mulher à parte, sempre me aceitei como sou. Fiz desporto durante toda a minha vida, houve momentos em que estive realmente em forma e sempre me senti bem no meu próprio corpo. De consciência, sei que nunca serei uma magricela, capaz de usar qualquer trapinho que tudo lhes fica bem porque não fui geneticamente programada para isso, o que não quer dizer que tenha de me contentar em ser um batoquezinho.

A verdade é que os anos de faculdade, para além de muitas alegrias, aprendizagens e alguns dos melhores momentos da minha vida, também trouxeram um total relaxamento no que fiz respeito a dieta e exercício físico, o que contribuiu com alguns quilos a mais na balança. E 2011 foi um ano péssimo: stressante, cheio de coisas negativas e cortes drásticos, tornando-se o culminar do desastre anunciado que era o meu aumento de peso nestes últimos cinco anos.

Por isso, há duas semanas comecei a fazer algo por mim mesma: exercício e alguma dieta, que não sou cá mulher de deixar de apreciar o que a vida tem de bom. Faço-o por mim, não por ninguém. Faço-o porque me quero voltar a sentir bem comigo mesma, e todos os dias noto progressos nesse sentido. E se há dias em que não me apetece, não quero e me arrasto para meia hora de exercício, há outros em que o facto de voltar a entrar nas calças pretas que já não vestia há dois anos me enche de alegria e de empenho.

Hoje doem-me as pernas, muito. Reconheço no meu corpo músculos que me questionava se existiam mesmo. Mas essas são dores que sabem bem. 

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